Que eu sou emotivo isso é claro, pelo menos pras pessoas que
me cercam e sabem um pouco sobre mim.
Me importo com que muitas pessoas falam a meu respeito (grande erro). Odeio
quando as atenções não estão comigo, mas odeio ser sempre o centro delas. Mas
agora eu não quero falar sobre minha insegurança e suas diatribes.
Sou um exagerado de sentimentos, na maioria das vezes
sentimentos suaves, mas meu lado ruim também é bastante explorado por mim, e
sem a mínima vergonha de exposição. O grande problema é que existem fases onde
meus sentimentos tidos como vis são usados com exaustão pelo meu cérebro. Fica
tudo turvo. Eu fico achando que nunca vai passar e que as fases boas não vão
voltar a existir.
Eu só queria saber como me livrar das vozes críticas. Vozes
que estão sempre comigo, tentando me colocar abaixo do subsolo.
Todo mundo acha que o sucesso trás a felicidade, mas acho
que as vozes se mantêm lá.
Já tive pequenos gostos de uma vida tida como bem-sucedida:
universitário, num relacionamento legal, dinheiro no bolso, bem vestido e com
vários convites pra ir a diversos lugares, mas não mudou não. Achava eu, na
minha bela inocência, que as lembranças dessa época me fariam sentir o gosto da
felicidade por muito tempo, no entanto eu só senti esse gostinho quando eu
estava lá, olhando o mundo do alto com aquela bela paisagem.
É muito difícil ser feliz por muito tempo, pois, como disse
o personagem do Dominic Purcell em Prison Break: “Você pode prever a situação,
mas não pode prever as pessoas”. Aí que está um dos grandes obstáculos:
pessoas.
Sim, como eu ia dizendo... Eu sou muito emotivo e, além das
vozes que ficam me colocando lá embaixo, vozes essas que são reações do meu ego
gritante, ainda têm as vozes reais; aquelas de carne e osso que aparecem de diversas
formas, situações e modelos.
Minhas emoções, todas guiadas por terceiros, nunca me deixam
estabelecer conexões duradouras e a força pra fazer as vozes sumirem me cansa
muito.
Agora que eu tenho controle de boa parte das minhas ações,
quando essas vozes que fazem esforços onde os limites são desconhecidos pra me
deixar deprimido, eu faço o que qualquer pessoa emocionalmente madura faria: fico
bêbado, me dopo e vou descansar minhas emoções, porque no outro dia sempre tem
muito mais.
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