domingo, 30 de junho de 2013

A triste história de um cara bipolar. A feliz história de um cara emocionalmente estável





Fique aqui comigo. Me deixe sozinho
Eu amo ser assim. Eu me odeio por ser quem eu sou
Me dê um abraço. Me solta!!!
Eu me acho lindo. Eu sou horrível
É ótimo ser inteligente. Eu sou completamente ignorante
Minha voz é linda. Minha voz parece som de taquara rachada
Eu te amo. Eu te odeio
Me liga. Vou desligar esse celular
Eu sou o rei do egoísmo. Eu sou um super altruísta
Eu amo essa música. Enjoei dessa música
Você por aqui? Que bom te ver. Vou fingir que nem vi
Nunca mais acordei cedo. Quero dormir três dias seguidos
Você é uma das melhores pessoas que eu já conheci na minha vida. Você é insuportável
Eu sei muito bem quem eu sou. Quem sou eu?
Não preciso de conselhos. Preciso ouvir sua opinião
Você me excita até com seu perfume. Você me enoja
Não vou por medo. Eu me jogo sem medo
Eu não me arrependo das coisas que eu faço. Vivo me arrependendo
Quero calmaria. Quero adrenalina
Meu mundo é pop. Eu sou underground
Odeio gente idiota. Pessoas idiotas são as melhores
Eu tenho tudo que eu preciso. Eu não tenho nada
Preciso me esforçar pra ficar sozinho. Eu sou a pessoa mais solitária da Terra
Eu não sou bom nisso. Eu sou o melhor nisso
Dizem que eu não sou bipolar, que eu sou tripolar, e isso é tão bom. É horrível


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quando a gente se aproxima demais, coisas ruins sempre acontecem





Lendo o título desse texto, que parece frase dita nessas séries paranormais (Sim, eu sou fã de Medium), você logo imagina que eu vou contar a história de um relacionamento que eu tento engatar há anos, mas sempre que começa a dar certo, parece que a lei de Murphy entra em cena e terremotos acontecem, agressões físicas e verbais; mentiras, fofocas, brigas e baixarias vêm à superfície... Se você pensou isso... acertou.

É uma coisa IMPRESSIONANTE. Estou bem. Estou no meu modo normal de ser. Estou por aqui com meus dilemas, alegrias e garrafas de vodka, e lá se vai vida, amores, dores, paranóias e todas as coisas que são comuns no meu mundo.

Pois bem, essa criatura que eu chamo por aqui de “karma”. Esse ser que já foi conteúdo de muitas postagens da fábrica (Posts completamente depressivos e melosos, diga-se de passagem) volta e meia volta pra minha vida. Ok, nunca saiu de fato, eu não sei se é porque eu não deixo ou porque é o destino (algo me diz que é a primeira opção escrotamente). É  uma peste de imã que puxa a gente pra mesma situação, pro mesmo lugar e, sabe como é né? Bebida vai, bebida vem e ... #Censurado.

O lance que é muito doido (nossa, eu to vidaloka hoje), é que a gente sabe que não dá certo. Já tentamos, mas deu curto-circuito, então decidimos que a amizade (colorida) seria a melhor opção (decidimos pelas circunstancias; sem conversa, mas foi assim).

Mas como eu tava dizendo antes, volta e meia a gente se aproxima muito. Andamos juntos demais, vou muito a sua casa, saímos muito e ... *coisas ruins acontecem*.

Não, sério. Tipo: parece que o universo conspira a favor da nossa tragédia. E não é necessariamente entre nós que as coisas ficam mais dark, é com nossas vidas. 

Infelizmente isso aqui é um suposto diário, mas sabe-se lá quem lê, então eu não vou entrar em detalhes profundos sobre a tensão que ocorre, porque podem associar as histórias e, por mais que a identidade não seja algo tão desconhecida por nossos amigos, as histórias são intimas, então nem convém; mas saiba que acontece o que eu citei na linha 4 do texto. 

Sério. A única metáfora é o terremoto, mas o resto e muito mais acontece de verdade. Daí, essas histórias refletem no nosso relacionamento, a gente briga, eu posto coisas depressivas, a gente não suporta o afastamento e um dois sempre cede e tudo se repete de novo, de novo, de novo e outra vez


quinta-feira, 6 de junho de 2013

O fim do esforço das tentativas de mudança




Depois de tanto tempo, tantos textos falando sobre o mesmo assunto, eu percebi o que eu sinto de verdade.
É quase frustrante, se não fosse ao mesmo tempo libertador. 

Eu sempre disse que queria mudar, que não agüentava a mesmice, que tinha “medo do mesmo”, e pode até ser. Pode ser que seja esse meu desejo mesmo, mas não necessariamente  será algo que um dia eu concretize. Ok. Um dia quem sabe, mas sinto que é só um engano.

Na verdade a mesmice é confortante. É terrível arriscar e fazer coisas novas, construir novas relações, laços de confiança, novos números na agenda do telefone. Não é fácil. Pra mim não é, mas eu achei que a chave da minha felicidade estava nisso: mudar velhos hábitos.

Eu colocava como objeto da minha felicidade a tal mudança, que seria, obviamente, mudar minha rotina; novos amigos, novas flores, novas dores, novos amores, novas músicas... Mas não, eu gosto mesmo de tocar as mesmas músicas, de sofrer pelas mesmas pessoas... Ok, gostar, gostar, gostar eu não gosto, mas tenho medo de arriscar, tentar, jogar com todas as minhas cartas e não conseguir me sentir bem. Se isso acontece, o que eu faço depois? Como proceder? Terminou? Game over? Finish? Já posso morrer?

Aí, eu volto pra minha “linda” rotina de coisas inúmeras e divertidas, mas com uma pitada de “de novo?”.
Talvez um dia eu mude. Talvez, quem sabe? Talvez um dia eu seja um cara que anda com roupas com cores quentes, ande em barzinhos de playboy e deixe de andar numa praça com 1/3 dos meus amores e bebidas baratas, tocando Nirvana e reclamando da vida pra quem já me fez reclamar da vida. Talvez eu comece a ver tudo pelo lado mais lindo e escreva  canções que falem de amores correspondidos e sol. Talvez um dia eu me torne um super intelectual, que ama documentários sobre a evolução do Planeta e música clássica. Um dia eu posso ser... Eu sei que eu posso ser o que eu quiser. Tá, exceto modelo, pelo excesso de peso e idade; e cantor de uma boy band, pelo excesso de peso e idade. Até lá, até o dia em que eu resolver que eu não sou mais esse, eu vou continuar sendo esse cara aqui, que sofre por uma rejeição, que tem mil “fãs” por aí, que tem amigos que parecem maravilhas do mundo, que volta e meia faz sexo bêbado, que fala o que pensa e acaba ofendendo mil pessoas, que não ta muito aí pras coisas sérias da vida, mas que também se importa em ajudar um amigo com um micro-problema (Esse não é o meu resumo, eu não queria escrever um novo texto a partir desse).

Pena que essa conclusão só veio com muitas facadas na alma. 

Dizem que às vezes é preciso se foder muito pra aprender alguma coisa. Karma, espero que 26 anos disso pague minha dívida.



◇ É passado, mas não esquecido