Todos nós tentamos voltar atrás: uma frase dita na hora
errada pra alguém que tem todo o nosso apreço, uma patada desnecessária, um “sim”
quando o correto deveria ser um “não” e por aí vai. Arrepender-se é normal, mas
poucos têm a coragem de admitir que fizeram merda, daí usam aquele velho
clichê: “Me arrependo do que eu não fiz, não do que eu fiz”. Isso não existe,
todo mundo já quis voltar atrás, o que significa que se arrependeu.
Na arte da reconquista pela confiança vale quase tudo, mas o
terreno é muito frágil. Rola desconfiança demais pra ser superada com poucos
minutos de conversa ou palavras doces.
Que o mundo dá voltas, todos sabem. Estamos em constante evolução,
no entanto, sempre tem os que vivem em retrocesso; tanto no que diz respeito à
dignidade, quanto à falta de controle nas atitudes simples; ou seja, a
maturidade.
Quando uma pessoa tenta fazer com que eu volte a confiar
nela, eu sempre fico com o pé atrás. Não que eu seja ruim, mas também não posso
dar a ela o luxo de me enganar de novo e, quem sabe, tripudiar em cima disso.
Além de um rancor que eu guardo instintivamente, me
lembrando a todo tempo das coisas que ela me falou, ainda tem o fato de tentar não me permitir uma nova
cara-quebrada.
Tentar me reconquistar não é o problema, o problema é ter
tido minha autoestima em suas mãos, usá-la da forma errada, testá-la ao mais
alto grau de paciência que qualquer um com o mínimo de dignidade possa
aguentar, e depois fingir que nada aconteceu, com elogios de quinta e palavras ridículas, dessas que
as bandinhas pop usam pra expressar seus sentimentos, numa tentativa exagerada
e frustrada de me arrancar um sorriso amarelo. Sem desculpas pela
vulgaridade... Vá tomar no cu!
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