quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Give you what you like



Então, nessa de racionalização, de “devo ou não devo?”, de “vou ou não vou?”, “vai me fazer mal, mas eu gosto”, “vai me fazer bem, mas nem tanto”, “eu devo ir?”, “eu fico?”, “eu mudo de vida?”, “mas eu já fiz isso e não deu certo”, “não deu certo mesmo ou no fundo eu não quis?”, “eu realmente tentei?”, “mas se eu  tentar e não der certo, o que vem depois?”, “será que isso aconteceu antes ou é novo?”, “eu sinto isso de verdade ou é só um padrão da ansiedade?”, “vale a pena eu me agredir pra dar um pouco de alimento ao meu superego?”, “eu mereço isso?”, “mas se eu for por outras vias, será que funciona mesmo?” (ufa! e isso é só um fragmento), eu pensei: “Quer saber? Dane-se! Vou alimentar meu desejo”. E fui. E me fodi.


Ok. Vou explicar direito essa coisa toda. Eu vivo em modo pensamento very hard. É muita coisa, muita dúvida, muito tudo. E, numa dessas, eu resolvi deixar de ficar fritando e pensando e racionalizando e fui pra um lugar em que eu me sinto extremamente agredido, mas tem gente lá que eu gosto, então eu vou. Mas me sinto em processo de regressão quando eu vou. Bom, na verdade, não são pesssoooas que têm por lá, é uma em específico.
Pois bem. Volta e meia, entre um dia e outro, hoje em especial, eu decidi: foda-se, eu vou alimentar o meu desejo. E fui. E alimentei. E não me senti completamente realizado. E a ansiedade oscilou. E eu me senti bem, mas não me senti. E eu não parei de me questionar loucamente. 

Bom, antes de finalizar isso, eu quero deixar claro que ficar se questionando é ótimo. Claro que eu queria um botão de pausa, um meio termo, uma forma de fazer pelo menos ir no modo slow, mas como isso não acontece, eu vou treinando, pra ver se aos poucos rola – vai que , né?. Inclusive, em meio a esses pensamentos, eu até me acalmei, porque cheguei a uma conclusão e tal.
E quanto a alimentar o desejo...  Assim, não dá pra satisfazê-lo, porque sua sede nunca se dissipa. 

Quanto mais você tem, mas você quer de forma desvairada e inconsequente.
Parar de se questionar a cerca das coisas que são aprazíveis ou não pra você, que te fazem bem sem cobrar um troco, é complicado. Não dá pra viver assim.

Alimentar o desejo? Bem, esse é um caminho arriscadíssimo, cruel às vezes, porque o desejo não descansa, sempre quer mais, porque ele é, simplesmente,
IN – SA – CI – Á – VEL.

◇ É passado, mas não esquecido