domingo, 13 de outubro de 2013

Eu sempre quis ser forever alone #sóquenão




Eu sempre fui muito alone in the light. Sim, daqueles que não têm turminhas, que não sabem o que é uma ligação no fim de semana: “E aí, brother? Vai fazer o quê hoje?”; ou daqueles que sempre fazem falta em determinado lugar: “Fulano não veio hoje... faltou ele aqui”.
Pois é, hoje quem me vê sendo o pop, o cara que passa pelos corredores da universidade cumprimentando ou sendo cumprimento, aquele que recebe mil convites pra diversos lugares, nem têm como imaginar o antigo forever alone.

Pois é. Eu nunca tive muitos amigos e, mesmo esses poucos, não me conheciam o bastante pra eu chorar minhas lamúrias, procurar em momentos de angústia ou quaisquer outras dificuldades... As amizades que eu achava que tinha, eram todos do tipo “só sou seu amigo quando me for conveniente”. Sério. Eu nunca era convidado pras festinhas legais e divertidas onde todos se pegavam e falavam sobre seus casos no dia seguinte. Eu nunca era convidado pra alguma formatura, daquelas que as pessoas bebem, bebem e bebem... e bebem. Eu não era convidado nem pra chá de cozinha na casa da menina chata, que só vai falar sobre seus ex, enquanto as amigas fazem fila pra puxar o saco dela.
 Enfim... Sabem o que fazia pra me distrair até os dezesseis anos? (Ahh, nem conto a época do colégio. Meus amigos de lá eram apenas em dias de trabalho em grupo). Eu andava nas ruas de Itabuna e andava, andava, andava... 

Até que um belo dia... Como nunca passe de mágica... Como numa transformação dos Power Rangers... Comecei a ser o mais popular EVER (EHHHHH ~aplausos~).
Foi assim: comecei a andar numa turma de uma menina que namorava um amigo meu no Jardim Primavera > comecei a andar na casa de um antigo amigo do meu irmão, que era um ponto de encontro pra muitas pessoas > violão > banda > flogão + Messenger + Orkut (Quem não sente falta desses últimos não sabe o que é vida). 

Depois disso tudo, hoje eu sou um dos caras mais populares do Brasil! Tá, menos um pouco, do Nordeste; Menos um pouco, de Itabuna :/.
Mas hoje, pelo menos, eu tenho pra onde ir, com quem conversar...

Andando pelas ruas só por distração, como antigamente, percebi que eu poderia escolher aonde ir. Encontrei vários brothers pela rua – teve nego que até gritou meu nome -, mas eu preferi ficar tranqüilo, sozinho...

Depois de alguns minutos curtindo minha solidão, resolvi ir pra casa de um amigo e lá rimos, rimos e rimos...
Pois bem, no meio dessa briga entre ficar só ou acompanhado, eu pensei: ‘Eu e meus pensamentos de autodestruição aqui, sendo que eu poderia escolher um lugar legal pra ir, mas não, fico aqui me auto destruindo’.

Acho que no fim das contas, durante todos esses anos de forever alonismo, lá no fundo, eu sempre quis ficar sozinho... Só que não.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O fim da maior farsa de todos os blogs




Olá, querido leitor (ponto de “soul brega” pra mim), tenho uma revelação bombástica pra lhe fazer.
(Não, não é isso. Nem isso. Sério que você pensa isso de mim?)
 
Eu sempre menti pra você. Mesmo. Nada disso que eu contei por aqui existiu. Eu sei que é pra ficar com cara de “como assim?”, mas é. Acho que esse momento foi perfeito pra eu lhe dizer isso.

Olha só, não fique com raiva; primeiro, a ira é um pecado capital; segundo, eu sou um ser humano e, por mais que você não aceite, todos nós vivemos mentiras e meu blog é só mais uma.

Se você acompanha esses escritos há cinco anos (acho que é esse o tempo de vida, né?), você deve ter lido cada coisa melancólica, que até deve ter deixado seu dia triste... Pois é, tudo mentira.
 Nunca existiu ninguém que me atormentasse o juízo (“karma”). Nunca existiram rejeições e ódio na época do colégio. Nunca existiram dúvidas e lamúrias; não guardo rancor... Taí uma grande mentira que eu contei aqui: rancores, ódios, vinganças tipo Revenge... Ihhh, tudo pilha. 

Como é bom, enfim, poder me expressar sobre isso... 

Eu só admito ter passado muito tempo nessa enganação, pois você não merecia isso. Mas encare como um personagem e, quem sabe, até fique feliz por mim, já que eu nunca sofri bullying, nunca fui rejeitado, nunca fui o solitário ever. Pois é, se existe mesmo altruísmo, chegou a hora de você exprimi-lo do seu íntimo.
Acho que essa minha necessidade por um personagem dramático, fez com que eu criasse essa versão distorcida e estereotipada de mim mesmo. 

Minha vida sempre foi tão normal, tão tranquila, tão happy hour...  Mas eu queria escrever e, cá pra nós, não dá pra escrever sobre ser cool e descolado.

Sempre tive meus problemas (e quem não?), mas nada que fosse tão P&B, tão difícil de superar.
Pois é, espero que continuem lendo meus textos, apesar de saber que uma revelação como essa causa, no mínimo, a perda de alguns leitores.

Ai ai (suspira) chegou ao fim o meu reinado de farsas.

Você deve estar aí lendo e esperando o final criativo onde eu desminta tudo que eu disse nas linhas acima... Então, criativo não vai ser, mas desminto. É que é tão bom fantasiar.

◇ É passado, mas não esquecido