Eu me acho foda. Eu sou foda. Eu tenho diversos talentos,
sou bonito, tenho senso de humor e sou extremamente altruísta; me empenho em
causas sociais, tento incluir os segregados, olho sempre pelo lado do outro e
dou a devida atenção as pessoas que eu amo. Ok, fora esse reconhecimento do meu
lado lindo de ser, eu admito que sou foda não pelas coisas que eu descrevi
acima, já que talentos podem ser aprendidos, beleza é uma questão de gosto, meu
humor às vezes é extremamente ácido, meu altruísmo tem limite; qualquer pessoa
pode ajudar o próximo; às vezes incluir os excluídos não é bom já que eles são
arredios por conta da exclusão e, às vezes, sobra pra mim; nem sempre eu olho
pelo olhar do outro e amo muita gente pra dar atenção a todos. O que me faz
achar “ser foda” é que eu tenho uma ligação forte com o autocontrole e a
resiliência.
Eu me seguro quando sei que aquele hábito vai me fazer mal,
eu procuro entender de onde surgem meus dilemas, eu deixo de fazer, de um dia
pro outro, uma coisa que eu fazia diariamente e, diversas vezes, não sinto a
menor falta.
Mas, chegou um momento na minha vida em que a resiliência
TEM PORQUE TEM que se fazer presente. Chegou o momento em que eu PRECISO da
força que todo mundo vê e admira em mim e que eu mesmo já cheguei a pensar: 'cara,
eu sou muito forte.'
Vocês sabem que a vida não alivia. Ela não quer saber se você já
tá merda, ela sempre arruma um jeitinho pra fazer as coisas descerem ladeira
abaixo. Mas, eu sou foda. Eu crio um foco fora do comum, eu não abaixo a
cabeça; eu escrevo, leio, medito, toco, respiro e tento de toda forma superar o
problema que surgiu ali.
É claro que nem sempre as coisas saem como planejado; que a
vida acontece a despeito de nós, mas pelo menos eu tento, tento, tento...
quando eu não consigo eu tomo um remédio e tento, tento e tento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário