terça-feira, 19 de maio de 2015

Abstinência



Abstinência... A privação de algo, normalmente forçada. Quando o corpo e a mente reagem de forma bruta à difícil falta de algo.

A abstinência pode ser cruel, principalmente se a abstinência de algo é irrecuperável ou distante.
Como se resolve a dura abstinência? Ministrando a droga (ou a coisa) que por falta deflagrou essa doída batalha, que existe única e exclusivamente entre você e você. O problema é que esse (vou me referir aos objetos da abstinência como bug – me referindo ao bug do milênio, a pane nos aparelhos eletrônicos entre 1999 e 2000) bug nem sempre é alcançável. 

Ahh, se o contrário fosse seria um paraíso. Já pensou? Abstinência de uma pessoa que está a milhas e milhas de você... Como fazer esses quilômetros sumirem em segundos? Lide com sua abstinência.
A abstinência de uma sensação da adolescência, sendo que você está na sua crise de meia idade – ainda mais se a abstinência for de adrenalina. Huuum... so prejucial para sua idade.

Tem a abstinência de comida (muito comum nos dias de hoje). Se você for diabético e tiver vontade de tomar um saboroso milk shake de chocolate com pedaços da Danúbio Azul, você não vai arriscar sua vida, seus olhos e suas pernas, por conta de três minutos de prazer, vai?

No momento eu sinto uma abstinência e os meus bugs são: remédio pra ansiedade e um dos meus amores citado dois textos atrás.
Faz parte do tratamento pra ansiedade me livrar dos medicamentos e viver minha vida como antes. Quer dizer, não exatamente como antes, porque essas fase me fez amadurecer, tipo, milhares de anos, pelo menos é o que eu acho, é o que está sendo refletido nas minhas relações. A sensação de poder domar meus impulsos tem sido gratificante. 


 O sintoma da minha abstinência consiste em pequenos choques pelo meu corpo (louco isso, né?). Sabe quando você está dormindo e acorda num susto? Sabe aquela sensação? Então, eu sinto isso, só que numa menor intensidade e acordado. No começo era freak, mas agora eu consigo administrar bem, porque sei que venci etapas, de longe, mais complexas. Eu digo que eu tive que aprender a ser um “eu melhor” como eu não consegui a vida toda em poucos meses. Tá funcionando. Eu pondero (Pondera s2 entendedores entenderão), eu respiro, penso algumas vezes; alongo meu pescoço, tomo um chá, cuido de mim; uso meus poderes para o bem (isso no que diz respeito a ajudar o próximo); não fantasio o dia todo (fantasiar um pouco é normal e legal rs), não julgo o todo por um só, procuro a fonte das coisas que eu sinto, pra que eu não fique preso a um padrão...

Meu outro bug é a pessoa que eu mencionei posts atrás, que está doente no hospital e eu espero DE TODA MINHA ALMA E CORAÇÃO que o desfecho dessa história seja lindo, como sempre foi só que as nuvens carregadas de más experiências acinzentaram meu céu por tantas vezes consecutivas, que eu nem me lembro de quando discerni perfeitamente ou os pensamentos foram só resultados do mencionado.

Bom, pros meus dois bugs não há um fim que não seja a esperança de um resultado melhor (claro, com toda a ação envolvida possível, porque só pensamento positivo não ajuda nem monge). Eu tenho que pensar que ele vai melhorar, que sua doença tem cura e eu não vou perdê-lo, não assim; e eu tenho que acreditar que minha vida vai continuar linda daqui pra frente, óbvio que estando pronto pros dilemas e confusões que surgem ao acaso, mas dessa vez sem a serotonina artificial.

Sabe aquela canção que diz: “e essa abstinência uma hora vai passar...”? Então, eu confio na intuição e maturidade da autora e fico aqui... esperando passar.

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◇ É passado, mas não esquecido