quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Inexplicável




         Hoje eu acordei com uma angústia fora do comum. Fiquei horas na cama, pensando, olhando pro meu quarto, bagunçado, escuro e tomado pelo barulho do ventilador... Pensei: “Devo ter tido algum pesadelo, só não to conseguindo lembrar”. E fiquei, fiquei, fiquei... Permaneci nesse estado quase catatônico tentando entender a razão de tal sensação.
         Ali, na minha cama, parado e com o corpo dolorido pela quantidade de horas que eu passei deitado, eu tentava encontrar uma posição que me permitisse mais conforto, pra que eu pudesse pensar, pensar e pensar.
         Não teve jeito, por mais que eu imaginasse várias respostas, percebia que não encontrava nenhuma que fosse, de fato, palpável. Mesmo assim, continuei pensando: “O que será isso?!”.
         Não conseguindo, comecei a destribuir culpas; me arrependi, comecei a me culpar; achei injusto, voltei a por a culpa nos outros. E nesse dilema que já havia acabado com minha manhã, levantei, lavei o rosto, escovei meus dentes e, de repente, vem à tona  a real motivação daquele maldito sentimento “inexplicável” ... Saudades.

Um comentário:

Andrêza Benevides disse...

Saudade é nó apertado, bem no meio do sossego. "/

◇ É passado, mas não esquecido