Quem
me conhece sabe que eu sou dramático. Meus relacionamentos são uma miscigenação
de Grey’s Anatomy, mais as novelas do Manoel Carlos (Sem cirurgias e sem Leblon).
As pessoas que me são mais próximas têm diálogos, brigas e DRs comigo, que são dignas de serem filmadas.
As pessoas que me são mais próximas têm diálogos, brigas e DRs comigo, que são dignas de serem filmadas.
É só umas das partes sumir por qualquer motivo, que frases fortes, dessas que deveriam estar nas escritas de Shakespeare, vêm à tona: “Você não me ama mais”, “Você tá diferente”, “Você tá se afastando de mim”, “Eu fiz algo de ruim pra você? Desculpa”... E por aí vai.
Eu
achava que minhas emoções intensas eram prejudiciais, mas percebi que muitas
pessoas precisam disso. Elas precisam das minhas perguntas cruas e diretas.
Elas precisam dos meus dramas hollywoodianos. Elas precisam da minha carência.
Elas precisam extravazar seu lado Luiz Fernando de La Vega, e eu dou espaço pra
isso. Claro que elas veem sinceridade em mim e eu agradeço, mas é que, volta e
meia, eu me vejo nelas, só que adolescente, e sei bem como era difícil lidar
comigo.
Eu
já fiz questão de suprimir meus sentimentos, mas depois de certa idade, vendo
os danos internos que eram causados por essa repressão, decidi falar mais,
gritar, berrar, brigar, gostar, desgostar e, quando se trata de mim, é tudo muito
intenso, mas nada melhor do que falar abertamente.
Hoje
eu lido melhor com essa gama de sentimentos dentro de mim, percebo o benefícios
que isso me traz. Não perco mais chances facilmente, nem implodo com as
palavras que eu não disse e muita gente gosta. Ahh se gostam. Esse meu jeito
“novela das oitense” de lidar com meus entrelaçamentos, desperta também o amor
e a vontade de falar sobre esse amor que eles têm por mim. Assim como frases
tensas são ditas, frases lindas também são: “Eu não sei o que seria da minha
vida sem você”, “Eu te amo demais”, “Você faz diferença na minha vida”, “Quando
você acorda, o dia fala ‘bom dia’ pra você”, “Eu te acho lindo”... Porque a novela
vive desse lado passional.
Às
vezes rola um exagerado, mas em que relacionamento não?
Pessoas
ajoelhadas, lágrimas, juras de amor eterno, abraços longos... Eu preciso disso?
Talvez, mas uma conversa mais direta e menos teatral também resolveria, mais
rápido, mais prático e sem plateia.
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