Impossível se relacionar com alguém não tendo o mínimo de
confiança. Nós confiamos, mesmo que seja involuntariamente.
Muitas pessoas dizem não se preocupar com a traição, pois
ela vem de qualquer forma e, se você não se preocupar, ela não irá te surpreender
quando vier. Mas não tem como sentar com alguém, conversar sobre o que quer que
seja; encará-la e simplesmente não confiar. Daí vem um abismo de dúvidas.
Dizem que a confiança é um luxo, eu acredito que ela apenas
“aparece”. A confiança surge quando você conhece alguém que tem muitas coisas
em comum com você. Quando conhece um ser humano que possui as mesmas dores, as
mesmas angústias, ou, na melhor das hipóteses, quando conhece alguém
completamente o oposto de você. Alguém que o inspira; que faça você esquecer
seu lado ruim e apenas confia.
A dificuldade em descobrir que você é um “confiante”, é a
demasia da confiança; o apreço dado muito facilmente. Aí entra o controle. Suas
experiências devem contar muito no julgamento, mas não deixem que elas
atrapalhem seu juízo.
Um prosador espanhol disse certa vez: “A confiança é a mãe
do descuido”. Confiemos, mas não tanto. Vamos deixar um espaço pra
desconfiança, assim, você pode ter certeza: você não vai ganhar um coração
partido, não vai ganhar uma humilhação e nem tão pouco sofrer com um abandono.
Ah, e feche os dois olhos quando for dormir, suas retinas precisam descansar.
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