Assistindo uma das séries de maior audiência da Europa, uma
das minhas personagens favoritas, a Izzie Stevens, disse: “Eu não posso ficar
aqui. Eu preciso começar do zero”.
Toda mudança benéfica implica num sacrifico, seja de um fim
de semana, seja de um relacionamento, seja dos dois citados. Nem toda vontade
de mudar deve ser levada a sério, pois pode ser apenas uma válvula de escape para
um problema. A mudança aqui citada é a grande mudança; não apagar tudo, mas
fingir que tudo se apagou. Como quando nós deixamos nossa cidade natal e
partimos pra uma terra desconhecida: sem amigos, sem noção dos lugares
badalados, sem opções, mas cheio de expectativas e novas perspectivas.
Eu vou começar do zero. Vou tentar. Não vou me afastar de
tudo e de todos, apenas vou fazer tudo igual, de um jeito diferente. É que é
difícil se livrar rapidamente do hábito. É preciso ir com calma, se adaptando e
adaptando seu “novo jeito” às suas novas vontades e desejos.
Não adianta, ir com pressa não dá certo. O correto é ir com
calma, fazendo tudo devagar e sem grandes exigências, mas com grande vontade.
O “começar do zero” deve ser uma meta. Começar de onde você
acha que as coisas mais afetam seu ego.
Já falei mil vezes sobre mudança e vontade de mudar por
aqui, porém nunca concretizei meus planos, mas agora, nesses derradeiros textos
da fábrica, eu preciso finalizar esses anos de lamúrias repetidas e me superar.
Superar meus medos, minha preguiça, meus hábitos ruins, minha acomodação e,
principalmente, as pessoas.
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