Cada pessoa tem um ponto de vista que pode, ou não,
corresponder com as coisas que você acredita.
O povo está sempre julgando, tecendo críticas destrutivas e
olhando atravessado.
Na vida, várias coisas são certas, entre elas: seus amigos
vão lhe decepcionar, seus amores vão lhe ofender, as coisas que você mais
acredita vão ser postas a prova na sua frente e, é óbvio, que o correto é lutar
a favor dos seus ideais. Mas é preciso lembrar que existe um tênue limite entre
defender seus pontos de vista e as coisas que você acredita, e a indesejável paranoia.
Assim como eu não posso escolher a dedo as pessoas que me
cercam, eu não posso selecionar quais são os assuntos que me incomodam ou
olhares que não me agradam. Eu posso apontar alguns temas que não me deixam à
vontade, mas o controle na fala do outro é impossível.
Portanto, é preciso não fixar o olhar apenas num ponto, nem
tão pouco fazer da sua luta pela defesa dos seus pensamentos, algo que prenda sua
atenção e nunca te deixe livre.
Não acho que seja interessante deixar as pessoas passarem
por cima do que você acredita, só pra você não criar um clima desconfortável ou
perder um “aliado”, mas também não acho que tudo que as pessoas falam deva ser
levado tão a sério. As consequências da sua batalha eterna contra as pessoas
que pensam diferente de você é muito cansativa, e às vezes é preciso entender
que cada um teve sua educação e criação de uma maneira. Conversar com calma é
uma opção; explicar, sem gritos ou palavras ásperas, sua visão sobre
determinado assunto.
E vamos combinar que tem gente que não vale nem a pena um
diálogo na tentativa de fazê-la mudar. O desprezo é um ótimo remédio pra muitos
males.
Às vezes é bom deixar o fato se dissolver. Deixar que as
palavras de gente dessa estirpe se dispersem no vento. Let go. Você nunca vai
sobreviver, a menos que, de vez em quando, finja ser surdo.
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