Vários psicólogos dizem que não há como existir uma relação
verdadeira, quando há muitos segredos em jogo.
Entendo que todo mundo precisa de espaço, tanto pra ter sua
privacidade, quanto pra manter a ideia de que tem um mundo que é só seu.
A verdade é que todos nós queremos saber tudo sobre as pessoas que
nós gostamos. É comum, pois assim, nós sabemos qual ferida não tocar, qual
terreno nós devemos pisar, o que devemos dizer quando a pessoa está se
desdobrando pra encontrar um solução pra algum problema.
O que está em jogo não é a curiosidade, e sim, uma vontade de aproximação – às vezes exagerada – que nos move pra perto de quem a gente ama.
O que está em jogo não é a curiosidade, e sim, uma vontade de aproximação – às vezes exagerada – que nos move pra perto de quem a gente ama.
Muita gente, principalmente aqueles que guardam muitas histórias
de sua vida pra si , acha que não é preciso ser um livro aberto, para que o
sentimento se torne palpável e recíproco. Mas, até você que gosta de guardar
seus segredos mais profundos, deve admitir que não é nada confortável abraçar
alguém que se cala em diversos momentos; que não é agradável deitar do lado de
quem sempre se lavanta e vai pro canto atender um telefonema...
Olhar nos olhos de alguém, seja seu amigo, amante, ou as duas
coisas juntas, e ver um vazio que nunca será preenchido, um olhar que cria
dúvidas em você, um finito tão seco quanto uma
tempestade no deserto, não é lá uma sensação que seja fácil de aceitar e
se acostumar.
Já que é a lei do “provando
o próprio veneno que a pessoa sabe o que dói” é a que prevalece de verdade, não
seja tão honesto e franco, e feche, sem pestanejar, seu livro.
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