Deve ser desgastante me amar. Minhas mudanças de humor
repentinas, minhas saídas rápidas (muitas vezes à francesa), meu mau humor
matinal, minhas tempestades em conta-gotas, meus hiatos com quinzenas de
duração...
Me amar não deve ser muito fácil. Deve ser complicado amar
minhas críticas inesperadas, minha devoção e meu repelir ao mesmo tempo, minhas
tragédias transformadas em DRs, meu olhar de desaprovação... Não, não é mesmo
fácil me amar.
Por outro lado... Deve ser confortante saber que tem um bom
amigo sempre que precisar. Imagino que deve ser um alívio depois de ter um dia
ruim, receber uma ligação minha, perguntando: “E aí, você tá bem?”. Acredito
que seja tranquilizante ouvir uma palavra de conforto da minha boca. Um abraço
meu num momento difícil. Deve ser legal curtir meu altruísmo, minhas piadas
rápidas, minha astúcia, meu afeto...
Não deve ser fácil lidar comigo, mas quem disse que eu quero
ser “fácil de lidar”.
Deve ser difícil me amar, mas, arrisco dizer, deve ser muito
mais difícil sofrer o meu abandono.
Um comentário:
Ao passar pela net encontrei o seu blog, estive a ler algumas coisas e posso dizer que é um blog fantástico,
com um bom conteúdo, dou-lhe os meus parabéns.
Se desejar faça uma vista ao Peregrino e servo e deixe o seu comentário.
Sou António Batalha, do Peregrino E Servo.
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