sexta-feira, 11 de maio de 2012

Porque a vítima é sempre você




Eurípedes disse: “Sedes felizes; os amigos desaparecem quando somos infelizes”.

Nenhum ser humano está livre de escapar da dominação da tristeza. O grande problema pra maioria dos que vivem nesse estado e que querem ser notados e compreendidos, é o abuso dessa abordagem.
Estar triste e expor isso de forma abusiva causa, ao invés de um olhar terno do outro, uma repulsa.

O que sempre acontece é não entender o que está sentindo. Melancolia é diferente de tédio dominical. Ódio é diferente de tristeza.
Às vezes ficamos tão presos as ideias de estarmos sentindo algo que, quando o que sentimos passa, nem percebemos que passou.

Conversar alivia, mas há um limite entre um desabafo triste com um amigo e a exagerada necessidade de ser tratado com um objeto frágil. Levando em conta que nenhum amor é incondicional, exigir que nossos próximos aceitem nossas crises de autodestruição sempre, é pedir muito a quem apenas está ao seu lado porque quer, não por obrigação.
De vez em quando é bom se aposentar do papel de vítima. É bom tomar as rédeas da situação. Escrever, ao invés de incomodar os que estão perto de você. Cantar, caminhar... Fazer uma auto-analise e ver se o que você sente é mesmo esse sentimento esmagador.
Se os caminhos que você seguiu pra tentar afastar a dor permanecerem, então escolha um amigo de confiança e chore à vontade.
Conselho? Não abuse.

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◇ É passado, mas não esquecido