segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um pouco sobre quem eu sou



Eu sou chato, mudo de humor repentinamente, não tenho problemas ao falar de mim, mas nunca conto tudo – principalmente pra qualquer um.

Sei ser o melhor amigo do mundo - o que é muito natural - mas sei me tornar um pesadelo e fazer com que alguém pense: "Maldita à hora em que eu te conheci".
 Eu sou altruísta mesmo... mesmo... mesmo. Eu perco uma noite pra ajudar alguém, aliás, ganho.

Às vezes saio sem me despedir, mas, no fundo, peço pra que alguém me veja e peça pra eu ficar mais um pouco.

Eu tenho a qualidade de assumir minhas qualidades e não considerar isso soberba.

Sou tão forte quanto fraco. Me emociono facilmente, fico triste quando brigo com alguém que eu amo, me deixo levar pelas emoções e coloco a razão no fundo da minha gaveta.

Me permito sentir raiva, rancor, ódio; mas me permito amar, adorar e me divertir.
Só sou simpático quando eu quero, com quem eu quero - e não me peçam pra ser simpático com alguém, só porque você o ama. Normalmente isso não dura muitos dias.
Sou desses que usa máscaras, assim como ele, assim como você, mas elas nunca duram o suficiente pra acreditarem no meu personagem do elenco de apoio; só se lembram do protagonista.
Falando nisso... Já me senti figurante: quieto, no canto, calado e sem ser notado.
Já me senti o bom moço: natural, impecável e rei da honestidade. Hoje eu me sinto o vilão, e esse eu já descrevi acima.

Acho muito mais fácil falar do que eu não gosto, do que expor minhas paixões.
Um dia já foi embaraçante me amar, hoje, acho que já superei - pelo menos correr nu numa praia deve ser um bom exemplo disso.

Aprendi que não devo superestimar ninguém; que na minha família estão aqueles em que eu devo realmente confiar; que minha veleidade é uma dádiva (só os fracos são sempre os mesmos, fazem as mesmas coisas, gostam das mesmas coisas...).

Se eu tivesse um manual de instruções ele não teria fim, pois, todos os dias, eu acrescentaria páginas a ele.
E nessas experiências do dia-a-dia, onde eu vi que ninguém ama em segredo, que ninguém é sincero de verdade e que o dinheiro não trás felicidade; também vi que existem muitas pessoas pelas quais vale à pena confiar, que nem todas as felicidades precisam ser compartilhadas pra serem felicidades e todos nós devemos ser um pouco egoístas e loucos pra sobrevivermos a esse mundo cruel, mas um lugar muito divertido ... Ao menos quando estou bêbado.

Não tento mais mudar o imutável; evitar o inevitável e tentar decifrar o óbvio, por motivos óbvios.
Tento ser feliz todos os dias? Sim, mesmo sabendo que a felicidade é só um estado passageiro. Dizem que é de graça correr atrás dela, mas não, é muito cansativo e a vida cobra seu preço. Mas o que eu faria se essa não fosse minha motivação? Nada. E acho que ninguém aqui quer fazer “nada”.

Já disse que cantar nem sempre espanta os males, e é verdade, mas vivo cantando.

E entre tudo que eu tenho, tudo que eu acho que eu tenho e tudo que eu almejo um dia ter, de uma coisa eu tenho certeza que é meu de verdade... Minha palavra, e dela eu não abro mão. E tenho dito.

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◇ É passado, mas não esquecido