Na lista que eu mencionei no post anterior, um dos itens que eu mais tive que exercer a
paciência e o autocontrole foi o “sinceridade em forma de piada com o outro”.
Sinceridade é uma coisa boa? É. Falar na cara é melhor do que falar pelas costas? Sim! Mas existe um limite entre ser sincero e cruel. Eu já
falei por aqui sobre isso, mas o objeto de reflexão não era eu, eram meus
próximos.
Pois é. Exagerei! Fui muito longe. Eu cheguei num ponto de
dizer coisas que o outro não queria ouvir. A ponto de dizer e ficar embaraçado
dois segundos após o que foi dito. Sabe aquele traço na sua personalidade que
até você tenta fugir? Então, eu tava jogando na cara dos outros esse tipo de
palavras. Cruel, né? Ainda mais que era “do nada”. Não era algo no meio de uma
discussão ou disputa de egos, era como se fosse um cumprimento.
Quem pensar que é exagero da minha parte, não sabe o que tá
pensando. E tinha outra coisa: as minhas abordagens.
Normalmente as minhas abordagens eram sempre na base da ludicidade/camaradagem/constrangimento (Sim, eu sei que as três palavras juntas ficaram estranhas, mas o texto é meu. Beijos). Daí, todo mundo que se aproxima, sabendo que eu sou “feliz” assim e que agindo dessa forma está me agradando, acaba por não entender que eu mudei, ou que nem sempre eu to afim de entrar numa dança de farpas.
Eu resolvi me controlar a respeito disso, porque eu não
quero dar razão ao Paulo Freire e me tornar aquilo que eu mais detesto: “um
oprimido que virou opressor”.
Em vista disso, cá estou eu, com mais uma novidade em mim.
Em vista disso, cá estou eu, com mais uma novidade em mim.
Ps : mas não achem que eu to bonzinho, eu apenas uso meus
poderes quando eu quero.