Olá, querido leitor (ponto de “soul brega” pra mim), tenho uma revelação bombástica pra lhe fazer.
(Não, não é isso. Nem isso. Sério que você pensa isso de mim?)
(Não, não é isso. Nem isso. Sério que você pensa isso de mim?)
Eu sempre menti pra você. Mesmo. Nada disso que eu contei
por aqui existiu. Eu sei que é pra ficar com cara de “como assim?”, mas é. Acho
que esse momento foi perfeito pra eu lhe dizer isso.
Olha só, não fique com raiva; primeiro, a ira é um pecado
capital; segundo, eu sou um ser humano e, por mais que você não aceite, todos
nós vivemos mentiras e meu blog é só mais uma.
Se você acompanha esses escritos há cinco anos (acho que é
esse o tempo de vida, né?), você deve ter lido cada coisa melancólica, que até
deve ter deixado seu dia triste... Pois é, tudo mentira.
Nunca existiu ninguém que me atormentasse o juízo (“karma”). Nunca existiram rejeições e
ódio na época do colégio. Nunca existiram dúvidas e lamúrias; não guardo
rancor... Taí uma grande mentira que eu contei aqui: rancores, ódios, vinganças
tipo Revenge... Ihhh, tudo pilha.
Como é bom, enfim, poder me expressar sobre isso...
Eu só admito ter passado muito tempo nessa enganação, pois
você não merecia isso. Mas encare como um personagem e, quem sabe, até fique
feliz por mim, já que eu nunca sofri bullying,
nunca fui rejeitado, nunca fui o solitário ever. Pois é, se existe mesmo
altruísmo, chegou a hora de você exprimi-lo do seu íntimo.
Acho que essa minha necessidade por um personagem dramático,
fez com que eu criasse essa versão distorcida e estereotipada de mim mesmo.
Minha vida sempre foi tão normal, tão tranquila, tão happy hour... Mas eu queria escrever e, cá pra nós, não dá
pra escrever sobre ser cool e
descolado.
Sempre tive meus problemas (e quem não?), mas nada que fosse
tão P&B, tão difícil de superar.
Pois é, espero que continuem lendo meus textos, apesar de
saber que uma revelação como essa causa, no mínimo, a perda de alguns leitores.
Ai ai (suspira) chegou ao fim o meu reinado de farsas.
Você deve estar aí lendo e esperando o final criativo onde
eu desminta tudo que eu disse nas linhas acima... Então, criativo não vai ser,
mas desminto. É que é tão bom fantasiar.
Um comentário:
Toda mentirinha com um fundinho de verdade, pra ninguém dizer que somos tão expostos assim.
No meu eu faço assim: DOR GRANDE vira pequeninha, dor pequeninha VIRA GRANDE.. e assim vou sendo poesia.
Metaforizando-me até não mais poder.
RILSON MUITO AMORRRRR pelo seu ritmo! Eu gosto de escrita com verdade, sem floreios. Sem tentativa de "parecer", a gente simplesmente é.
beijo, bonito!
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