Herbert Viana escreveu em uma de suas canções: “A um segundo
tudo estava em paz”. Frase essa que faz muito sentido em qualquer inesperado
momento catastrófico, seja ele interno ou externo.
Meus sentimentos veem com muita força. Muitos deles surgem
de repente. Sim, eu sei que já falei sobre neurose, obcessão e todos aqueles
assuntos que Freud ama, mas é que, sentir é sempre sentir. Não há como fugir
das sensações que nossa mente cria, a fim de fazer com que não exista uma discrepante
diferença entre o estado de jubilo e o pesadelo.
Eu sei que ultimamente meu assunto tem sido broken hearts, mas o blog é meu, escrevo
o que eu bem entender. Escrotidões a parte, voltemos...
Eu odeio o fato de estar bem num momento, no outro, minha
casa vem toda ao chão. É como se eu não tivesse controle sobre meus atos e
vivesse assim, a mercê do destino. Daí vem aquele tsunami de sentimentos e pensamentos destrutivos (Me deem um “viva!”,
não são mais pensamentos autodestrutivos). E lá vou eu pra fossa, fazer as
mesmas coisas, ouvir as mesmas músicas, simular mudanças, fazer várias
promessas que nunca serão cumpridas (peraí, isso é autodestruição... Ok. retirem
seu “viva!”).
O complicado é que, num momento, eu torno meu problema
gigante, como se eu fosse a pessoa mais sofredora de todo o universo; num outro
momento, eu penso que há pessoas pelo mundo a fora, sofrendo e dormindo na
chuva, então minimizo os meus. Depois eu penso: “Não, se o problema me afeta,
então é o maior sim”. Então minha dualidade quase que atômica é canalizada
através de algum amigo que me ajuda, ouve e dá seu parecer (o que
normalmente ajuda bastante).
Passado minha ira contra mim, meus desabafos obscuros,
minhas neuroses e dramas kind novela
mexicana bem dublada, eu parto pro “vou beber pra esquecer”, como se eu não
soubesse que a bebida potencializa sensações inconscientes e, mesmo tendo noção
do que vai acontecer, lá vou eu beber e chorar (às vezes literamente).
Depois de tudo isso que eu acabei de descrever vem, quase
sempre, a calmaria (ou dependendo de como a pessoa chame: tédio). É o período
em que eu fico tranquilo, sereno, mas sem muitas emoções, nem tristes, nem
felizes. Em seguida começam a surgir possibilidades e realizações de metas que
começam a me dar um astral; fico bem, sorrindo direto; com meus pensamentos sempre
benevolentes e claros.
Quando eu menos espero alguém aparece e, correspondido ou
não, eu... Aí você pode ler o texto do começo, porque é uma constante e
compreendida (mas não aceita) repetição.
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