segunda-feira, 6 de maio de 2013

Tsunami



Herbert Viana escreveu em uma de suas canções: “A um segundo tudo estava em paz”. Frase essa que faz muito sentido em qualquer inesperado momento catastrófico, seja ele interno ou externo. 

Meus sentimentos veem com muita força. Muitos deles surgem de repente. Sim, eu sei que já falei sobre neurose, obcessão e todos aqueles assuntos que Freud ama, mas é que, sentir é sempre sentir. Não há como fugir das sensações que nossa mente cria, a fim de fazer com que não exista uma discrepante diferença entre o estado de jubilo e o pesadelo.

Eu sei que ultimamente meu assunto tem sido broken hearts, mas o blog é meu, escrevo o que eu bem entender. Escrotidões a parte, voltemos... 

Eu odeio o fato de estar bem num momento, no outro, minha casa vem toda ao chão. É como se eu não tivesse controle sobre meus atos e vivesse assim, a mercê do destino. Daí vem aquele tsunami de sentimentos e pensamentos destrutivos (Me deem um “viva!”, não são mais pensamentos autodestrutivos). E lá vou eu pra fossa, fazer as mesmas coisas, ouvir as mesmas músicas, simular mudanças, fazer várias promessas que nunca serão cumpridas (peraí, isso é autodestruição... Ok. retirem seu “viva!”).

O complicado é que, num momento, eu torno meu problema gigante, como se eu fosse a pessoa mais sofredora de todo o universo; num outro momento, eu penso que há pessoas pelo mundo a fora, sofrendo e dormindo na chuva, então minimizo os meus. Depois eu penso: “Não, se o problema me afeta, então é o maior sim”. Então minha dualidade quase que atômica é canalizada através de algum amigo que me ajuda, ouve e dá seu parecer (o que normalmente ajuda bastante).

Passado minha ira contra mim, meus desabafos obscuros, minhas neuroses e dramas kind novela mexicana bem dublada, eu parto pro “vou beber pra esquecer”, como se eu não soubesse que a bebida potencializa sensações inconscientes e, mesmo tendo noção do que vai acontecer, lá vou eu beber e chorar (às vezes literamente).

Depois de tudo isso que eu acabei de descrever vem, quase sempre, a calmaria (ou dependendo de como a pessoa chame: tédio). É o período em que eu fico tranquilo, sereno, mas sem muitas emoções, nem tristes, nem felizes. Em seguida começam a surgir possibilidades e realizações de metas que começam a me dar um astral; fico bem, sorrindo direto; com meus pensamentos sempre benevolentes e claros.

Quando eu menos espero alguém aparece e, correspondido ou não, eu... Aí você pode ler o texto do começo, porque é uma constante e compreendida (mas não aceita) repetição.



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◇ É passado, mas não esquecido