Eu sempre fui muito alone
in the light. Sim, daqueles que não têm turminhas, que não sabem o que é uma
ligação no fim de semana: “E aí, brother? Vai fazer o quê hoje?”; ou daqueles
que sempre fazem falta em determinado lugar: “Fulano não veio hoje... faltou ele
aqui”.
Pois é, hoje quem me vê sendo o pop, o cara que passa pelos corredores da universidade cumprimentando ou sendo cumprimento, aquele que recebe mil convites pra diversos lugares, nem têm como imaginar o antigo forever alone.
Pois é, hoje quem me vê sendo o pop, o cara que passa pelos corredores da universidade cumprimentando ou sendo cumprimento, aquele que recebe mil convites pra diversos lugares, nem têm como imaginar o antigo forever alone.
Pois é. Eu nunca tive muitos amigos e, mesmo esses poucos,
não me conheciam o bastante pra eu chorar minhas lamúrias, procurar em momentos
de angústia ou quaisquer outras dificuldades... As amizades que eu achava que
tinha, eram todos do tipo “só sou seu amigo quando me for conveniente”. Sério.
Eu nunca era convidado pras festinhas legais e divertidas onde todos se pegavam
e falavam sobre seus casos no dia seguinte. Eu nunca era convidado pra alguma
formatura, daquelas que as pessoas bebem, bebem e bebem... e bebem. Eu não era
convidado nem pra chá de cozinha na casa da menina chata, que só vai falar
sobre seus ex, enquanto as amigas fazem fila pra puxar o saco dela.
Enfim... Sabem o que fazia pra me distrair até os dezesseis
anos? (Ahh, nem conto a época do colégio. Meus amigos de lá eram apenas em dias
de trabalho em grupo). Eu andava nas ruas de Itabuna e andava, andava,
andava...
Até que um belo dia... Como nunca passe de mágica... Como
numa transformação dos Power Rangers...
Comecei a ser o mais popular EVER (EHHHHH ~aplausos~).
Foi assim: comecei a andar numa turma de uma menina que
namorava um amigo meu no Jardim Primavera > comecei a andar na casa de um
antigo amigo do meu irmão, que era um ponto de encontro pra muitas pessoas >
violão > banda > flogão + Messenger
+ Orkut (Quem não sente falta desses últimos não sabe o que é vida).
Depois disso tudo, hoje eu sou um dos caras mais populares
do Brasil! Tá, menos um pouco, do Nordeste; Menos um pouco, de Itabuna :/.
Mas hoje, pelo menos, eu tenho pra onde ir, com quem
conversar...
Andando pelas ruas só por distração, como antigamente,
percebi que eu poderia escolher aonde ir. Encontrei vários brothers pela rua –
teve nego que até gritou meu nome -, mas eu preferi ficar tranqüilo, sozinho...
Depois de alguns minutos curtindo minha solidão, resolvi ir pra casa de um amigo e lá rimos, rimos e rimos...
Pois bem, no meio dessa briga entre ficar só ou acompanhado,
eu pensei: ‘Eu e meus pensamentos de autodestruição aqui, sendo que eu poderia
escolher um lugar legal pra ir, mas não, fico aqui me auto destruindo’.
Acho que no fim das contas, durante todos esses anos de
forever alonismo, lá no fundo, eu sempre quis ficar sozinho... Só que não.